terça-feira, 19 de maio de 2015

self destruction

only if I knew
what's going on inside
what shut down that day
that I can't turn it back on again
why do I feel the need to destroy myself
why don't I feel anything but that
why do I feel alone
when all I have around me is people
maybe someday
I'll look back and see myself as a fool
but for now
this is all I feel
this is all I know
maybe someday
missing you won't be so harsh
maybe someday
I'll stop destroying myself
maybe someday
will be too late

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Urgentemente

"É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar a alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer."

Eugénio de Andrade

terça-feira, 29 de julho de 2014

insomnia

My head spins
Around
And around

Only stops with the thought of you

Leaving behind only questions
What should I do?



"It is both a blessing
And a curse
To feel everything
So very deeply."

domingo, 20 de abril de 2014

Insecurities

Insecurities
Fill my mind with momentaneous disgust
Fill my hands with blood
Mine.

Insecurities
Fill my mind with fears
Fill my face with tears
Streaming down.

They don't stop,
Insecurities
They destroy you
From the inside out.

Insecurities
They make you feel that you're not good enough.

The truth is
I never was good enough
I'm not good enough.

I'll never be good enough
For myself.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

what's the point?

You're born. You build a life. You build a life based on what you see, but mostly on what you've been taught. You never really question it, you never really think about it. Because it all makes senses to you. It makes sense to obey to your parents, to your government, to your superiors. I mean, it's the way it's suppose to be, right? But if you step back, if you get off the system, you're just a rebel. Just a marginal. Just someone that doesn't belong in society, just someone that doesn't fit, doesn't want to work. But we never put ourselves in their place, do we? We never think of them as revolutionary, we don't want to hear what they have to say, because they are nobody, they don't fit. And we should stay away from people like that, right? To keep our right track, to keep our lives stable. But do we ever stop to listen to those people? Should we even stop our lives to do that? Are we just being sheeps or are we secretly wishing that we had the guts to do what they're doing?
You get your shit together, you build a life, a house, a family. You live your life comfortably, but is it really what you wanted? Is it really what you aspired to, what you dreamed? Don't you wish to be somewhere else, doing something else, with someone else? Everything seems okay to you now, but if you stop to think, this is not what you aimed for. You're bigger than this. You're a rebel, a marginal, you don't fit. You don't have to obey anyone, you don't have to be a sheep, you have a conscience. You are YOU.
Don't be a sheep. Don't built your life based on someone elses opinion or beliefs. What's the point of that? You are the one who's going to die when the time comes, so you should live your life the way you want to.

domingo, 23 de março de 2014

Faz parte.

Somos humanos. Dizer algo que não se pensa realmente, só para magoar a outra pessoa, para fazê-la sentir um rasgo do que estamos a sentir. Faz parte. Faz parte de nós comentarmos algo que não gostamos, não para ofender, mas para deitar cá para fora e procurar compreensão, uma palavra amiga que aconselha. Faz parte. É humano. É humano estar descontente com alguém ou alguma coisa, é humano querer desabafar, não acartar o fardo sozinho. É humano querer apoio. O que muitas vezes não é humano é a forma como procuramos esse apoio. Dizer o que não se pensa, ou melhor, o que se pensa na hora mas que, no fundo, é só a raiva a falar mais alto. E isso tudo para quê? Para ter uma palmadinha nas costas, junto com um "tens razão". Será que serve? Será que vale a pena muitas vezes perdermos alguém importante por isso? Vale a pena ficarmos de consciência pesada, por aqueles breves minutos de consolo?
Quando estamos perto de perder uma pessoa importante, à qual muitas vezes dissemos tanto ou, se calhar, dissemos muito pouco, dissemos o que não pensávamos e esquecemo-nos de dizer o que no fundo pensávamos, como um simples "fazes a diferença", quando estamos perto de perder essa pessoa ficamos melindrados. Tanta coisa por dizer, tanta coisa por fazer. Tanta coisa que podíamos ter feito, mas não fizemos. Muitas vezes por acharmos que essa pessoa não era importante. Não fazia diferença. Ela não daria valor. E até podia ser assim. Até podia ser verdade, mas estaríamos nós aqui, a pensar nisto, se não fosse o que queríamos? Nem que fosse por descarte de consciência. Nem que fosse para dizermos "eu fiz tudo, disse tudo o que queria.", mas ainda saberia a pouco. E, quando essa pessoa parte, o mundo desaba e ficamos desamparados, com tanta coisa por dizer, tanta coisa por fazer.
Faz parte não dar valor. Faz parte não querermos saber, mesmo que no fundo saibamos que é um erro, que um dia vamos sentir remorsos. É humano, o ser humano é incompleto e estúpido. Ignora, desvaloriza, magoa, para no fim sentir apenas remorso.
Mas faz parte.

domingo, 21 de julho de 2013

cigarro pensativo



Fumo um cigarro enquanto penso na vida. Vejo o tempo a passar por mim com uma velocidade incrível. Tento agarrá-lo, mas não consigo. Penso no que quero fazer com a minha vida, tenho tudo definido dentro da minha cabeça, mas tudo parece tão longe. Mas ao mesmo tempo, tão perto. E há aquele impasse do faço agora ou faço depois, que acaba por tornar-se num devia ter feito mas nunca fiz. E, parece-me, o tempo escassa. O tempo voa, como nada, com tudo e leva tudo e todos, e já não volta.
E, quando esse cigarro chega ao fim, já se passaram minutos que não voltam atrás. E eu ainda não fiz nada.