sábado, 23 de outubro de 2010

Death.





Death waits inside us for a door to open.
Death is patient as a dead cat.
Death is a doorknob made of flesh.
Death is that angelic farm girl
gored by the bull on her way home
from school, crossing the pasture
for a shortcut. In the seventh grade
she couldn't read or write. She wasn't a virgin.
She was "simpleminded," we all said.
It was May, a time of lilacs and shooting stars.
She's lived in my memory for sixty years.
Death steals everything except our stories.







ps. tenho uma gatinha persa nova :3 chama-se Tequilla ^^

sábado, 16 de outubro de 2010

the sound of silence.



Hello darkness, my old friend,
I've come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence.


In restless dreams I walked alone 
Narrow streets of cobblestone, 
'neath the halo of a street lamp, 
I turned my collar to the cold and damp 
When my eyes were stabbed by the flash of a neon light 
That split the night 
And touched the sound of silence. 

And in the naked light I saw 
Ten thousand people, maybe more. 
People talking without speaking, 
People hearing without listening, 
People writing songs that voices never share 
And no one dare 
Disturb the sound of silence. 

"fools" said i, "you do not know 
Silence like a cancer grows. 
Hear my words that I might teach you, 
Take my arms that I might reach you." 
But my words like silent raindrops fell, 
And echoed 
In the wells of silence 

And the people bowed and prayed 
To the neon God they made. 
And the sign flashed out it's warning, 
In the words that it was forming. 
And the sign said, "the words of the prophets 

Are written on the subway walls 
And tenement halls." 
And whisper'd in the sounds of silence.


sábado, 18 de setembro de 2010

La marioneta


"Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate.
Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestiria simplesmente, me jogaria de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma. Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Mario Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua. Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas pétalas.Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida. Não deixaria passar um só dia sem dizer às gentes – te amo, te amo. Convenceria cada mulher e cada homem que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor.
Aos homens, lhes provaria como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar. A uma criança, lhe daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha.
Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com vocês, os homens... Aprendi que todo mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa. Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu pai, o tem prisioneiro para sempre. Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas..."

Gabriel García Márquez.

Lemos este texto em Psicologia, e gostei bastante. Tocante, sentido.
As aulas estão a correr bem, so far. A turma não é assim tão má, no final de contas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

I'm a fake.


Small, simple, safe price.
Rise the wake and carry me with all of my regrets.
This is not a small cut that scabs, and dries, and flakes, and heals.
And I am not afraid to die;
I'm not afraid to bleed and fuck and fight,
I want the pain of payment.
What's left, but a section of pygmy sized cuts.
Much like a slew of a thousand unwanted fucks.
Would you be my little cut?
Would you be my thousand fucks?
And make mark leaving space for the guilt to be liquid.
To fill and spill over and under my thoughts.
My sad, sorry, selfish cry out to the cutter.
I'm cutting trying to picture your black, broken heart.
Love is not like anything,
Especially a fucking knife!

~ The Used.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

i miss you, grandpa.


A dor que me provoca, só de pensar naquela noite. Naquele telefonema. Só de pensar no que sofreste. A dor que provoca quando penso que tu saíste daquela casa, mas já não entraste. A dor que provoca ao ter-te visto sair e eu não ter ido contigo. A dor que provoca ao nem ter-te dado um beijo, nem ter-te dito adeus, pela última vez. Eu não sabia, não podia saber. Mas desconfiava. A dor que provoca ter-te visto já sem vida, deitado. A dor que provoca ao lembrar-me do que senti quando te toquei na mão e encontrei-a gelada, eu senti-me desmaiar por dentro... A dor que provoca ter visto a avó chorar. A dor que provoca lembrar-me do grito dela, a gritar por ti... A dor era tanta que eu nem me levantei. Deixei-me ficar sentada na cama, enquanto as lágrimas caiam... A dor que provoca lembrar-me do quanto era doloroso entrar naquela casa e encontrar tudo vazio. O teu quarto. A tua cama. O cheiro a tabaco desaparecera e a televisão estava desligada. Demorou ainda até conseguir entrar naquela casa sem sentir medo... Medo de olhar para onde tu estavas sempre e não te encontrar. Já não sentia as pombas a baterem asas, já nem lhes via as sombras. Elas percebiam, foi como se tivessem perdido parte de si. Pareciam estar tristes... e a avó nunca mais as soltou. Eras tu que cuidavas delas, tinhas um amor imenso por aquelas aves. A dor que provoca agora entrar na tua casa e estar já habituada a não te ver. A dor que provoca eu desejar que não tivesses ido, mas esse desejo nunca se cumpre. A dor que provoca eu querer que estivesses presente na minha vida, mas não estás...
Há muito tempo partiste. Nem me dou conta que os anos estão a passar depressa demais. Hoje decidi escrever-te. Às vezes penso tanto em ti, meu velhote.
Ainda me lembro quando me pedias para dançar. Das tuas gargalhadas alegres ao veres-me como uma barata tonta no quintal, a dançar sem sentido nenhum.
Como tenho saudades disso... Fico com um nó na garganta só de pensar... Apetece-me chorar.
Lembro-me de ti, sentado na cama com a televisão aos berros. Hoje entro na tua casa e a cama está vazia. São tudo apenas recordações...
A avó sente tanto a tua falta, pede muitas vezes para ir para junto de ti...
E será, que um dia nos vamos reencontrar? Gosto de pensar que sim, que um dia quando chegar a minha vez vais lá estar de braços abertos, gosto de pensar que me ouves quando falo mentalmente contigo... será que ouves?
Será que no sitio onde estás sentes as minhas saudades, será que me sentes triste e cuidas de nós?
Ainda me lembro como se fosse hoje o dia em que nos deixaste...
Estávamos a dormir quando recebemos o telefonema do hospital a dizer que o teu sofrimento acabara...
Vi a minha mãe a abraçar a avó e só conseguia pensar que era impossível... não podias ir... não naquele dia...
Mas depressa vim à realidade e as lágrimas começaram a correr-me pela cara... só de pensar que não estarias mais aqui para me alegrar, para eu te alegrar.
Hoje pergunto-me, será que estás nesse sitio, será que é mesmo assim como eu teimo em acreditar? Espero que sim.
Um dia voltaremos a encontrar-nos. Espera por mim, sim?
A mãe não me pareceu de muito bom agrado ao ler isto. Não consegui decifrar a sua expressão. Não sei se ficou feliz ou não... Mas não interessa, eu tinha que te dizer isto. Tenho muitas saudades tuas...
Amo-te meu velhote, daqui até à Lua!

I wasn't even ready to say goodbye...
ps. desculpa avô, o fotografo era péssimo.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

alma breve


... na vida há um travo de trevas
e das trevas vai irromper um trevo
com quatro folhas de trova...

lembro o calor
com que desfloraste,
o terreno fértil
dos meus sentidos.

reinvento as notas
desta pauta inacabada:
alma breve
difusa, semifusa
compassos em desacordo
de balada em tom menor.

e é nas curvas
e intervalos desse som
que me revejo:
frágil... mas inteiro.

condenado a ser livre
na busca incessante
do acorde perdido.

prisioneiro da estranha alegria
de te saber presente
música, amante primeira
terna e eterna companheira
de todas as horas...
segredos
e silêncios.

se um dia te fores,
quem será o último a apagar a luz?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

a palavra


A caminho da essência eu verifico a cadencia da matéria que se mostra mim livre de regência;
Mato a dor de sentir demais, de amar demais, de pisar demais em convenções fundamentais.
Da utopia eu crio filosofia todo o dia quando a apatia senta no meu colo e arrelia;
Mata a saudade de curtir demais,de tirar demais, de pisar demais em convenções fundamentais.
Tenho a palavra escrita a tinta negra na minha pele;
Palavra puxa palavra põe-me disponível pra amar tudo aquilo que me seja sensível;
E não são poucos aqueles que eu quero sem sequer os poder ver, foi tanto o que me deram para nunca mais esquecer.
Palavra de honra, guardo a palavra no meu bolso; na parede, no conforto de uma cama de rede.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

no one matters


eu sou diferente.
tu és diferente
ele é diferente.
nós somos diferentes.
vós sois diferentes.
eles não respeitam.
e a anormal sou eu?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

storm


how long have I
been in this storm?
I know you didn't
bring me out here to drown
so why am I 10 feet under and upside down?
barely surviving has become my purpose
cause I'm so used to living underneath the surface...

domingo, 4 de julho de 2010

Low


"You see the world in black and white
No colour or light
You think you'll never get it right
But you're wrong. You might.
You see the world in black and white
Not painted right
You see no meaning to your life
You should try."

Don't you want to see it come soon,
Floating in a big white balloon...

sábado, 3 de julho de 2010

a mecânica do coração


E se tivesse nascido com o coração congelado?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

what?


Who am I?
What do I like?
What makes me breathe?
What do I want?
What do I need?
What makes me fall?
Why do I crawl?
What do I do?
What are my plans?
Who are my friends?
What do I know about them?
Why am I condemned?
Why I don't believe in me?
Who do I know?
Why do I feel this so deeply?
What do I know about myself?
Where am I?
Why do I feel like crap?
I feel I'm on a deathtrap.
Why I keep making these questions?
Where are the answers?
What are the answers?
Where can I find them?
I feel lonely, I fear the dangers.
How can I stop the pain?
How?...
Make it stop...

> Who am I?! I don't know myself anymore...